quarta-feira, 28 de setembro de 2011

How I Met Your Mother 7x03: The Ducky Tie

Acabo de ver o terceiro episódio da sétima temporada daquela que, em breve, será a minha série favorita desde sempre. Lost ainda está no primeiro lugar; Friends já caiu para terceiro; Fringe um dia chegará ao pódio. Sempre falei que How I Met Your Mother, a série em questão, foge do estereótipo SITCOM. Por isso, as comparações com Friends não se mantêm. Muitos vão defender para sempre a trupe de Rachel e Ross. Talvez porque a série tenha se tornado cult, tenha conquistado o sucesso em 10 temporadas e ser uma das poucas unanimidades da televisão mundial. Não discordo de nada disso.

O que quero dizer é que a série de Ted, Barney, Marshall, Lily e Robin é completa. Não é apenas uma série de amigos, não é apenas a história de como um cara conheceu a mãe dos seus filhos e nem é uma série sobre nada. É uma série completa, não falo que é sobre tudo, porque seria o mesmo que dizer que é sobre nada. How I Met mostra a trajetória de Ted na vida. A narração, como li esses dias, segue os traços de uma conversa. Nós contamos histórias de várias maneiras; não narramos um fato de maneira linear, vamos e voltamos na narrativa. Ted faz isso com suas crianças. A série começa aí a sair do comum.

Ao falar de morte, de brigas, de gravidez e de outros temas que sitcoms não ousam, mais um ponto positivo. Brinco também que a equipe de produção da série tem, ao lado dos roteiristas, o melhor continuísta da história. Plots como o dos tapas, o das cabras e outros infinitos provam isso. Você vê um episódio que pode ser importante para daqui uma, duas temporadas. Apesar de ter hora, como nesse episódio, que se pensa: “Eles estão enrolando ao invés de contar a história que começaram”. O tal casamento que apareceu na temporada retrasada, como sendo o dia que Ted, finalmente, conhece(u)(rá) a mother foi retomado no fim da temporada passada, quando ficamos sabendo que Barney era o noivo. Nesse momento, a mãe dos filhos do protagonista ficou menos importante do que saber quem era a noiva. Minha aposta e da maioria: Robin. Apostando nessa aposta, os roteiristas nos trouxeram ao primeiro episódio dessa temporada. Uma Robin ainda apaixonada por Barney e um Barney indo atrás de Nora. Os caras que escrevem esse roteiro gostam de nos embananar e provar que o óbvio sempre é a escolha errada. Aí fica aquele nó: “é óbvio que vai ser a Robin, mas como é óbvio, é óbvio que não vai ser”. Ou seja, não sabemos de nada. Ainda aposto nela e digo mais... Além de Ted já ter dito as kids que sem a Robin ele não teria conhecido a mãe, o episódio que assisti hoje, o 7x03, reforça as minhas apostas.


Esse episódio que, aparentemente, foge do plot central da temporada tem tudo para ser um dos mais importantes da série, já que prepara um novo terreno. Não será apenas uma mudança na gravata de Barney que veremos nos próximos 20 poucos episódios. A verdade é que, com uma oitava temporada já garantida, torço (com dor no coração) para que ela seja a última. Assim, o roteiro poderá cumprir o que foi colocado em sutileza nesse episódio. As proféticas falas de Victória e Ted no futuro, para seus filhos, apontam uma mudança próxima na dinâmica do grupo. Ted, Robin e Barney devem começar a se afastar para que possam se aproximar de novas pessoas, ou de si mesmos. Entendem?

A cena final dos três no bar, com música e narração ao fundo preparam os fãs da série a um inevitável series finale. A sensação de quem conseguiu entender a passagem que ocorrerá nessa temporada é de fim, de término. Preparem-se, uma hora acaba... Mesmo que How I Met tenha um final típico de sitcom, como a cena “deixando o apartamento vazio”, vai provocar algo parecido com a feliz cena que encerra o episódio dessa semana. Claro, para os mais atentos e apegados que sentiram isso.

São tantos os motivos que fazem de How I Met Your Mother uma série mais completa que outras de 40 minutos por aí que fica difícil falar um porquê. Quem não assiste deve acompanhar desde o começo para entender. Torço que façam logo isso!


Leia também: Dicas de Séries.
O último texto publicado foi: Rafinha 2.0: mídia, educação e as gerações.

3 comentários:

  1. Vim lá da review do Series Maniacos , e só tenho uma coisa a te dizer: parabéns pelo o ótimo texto ! ( Só mais uma coisa , ao contrário de você, estou meio receoso com essa mudança na dinâmica do grupo , porque como já foi comprovado no casal Robin e Barney, os roteiristas meio que perderam a mão quando tentaram fazer isso, mas tomara que dê tudo certo dessa vez )

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  2. Matheus, eu particularmente trabalho com dificuldade ao pensar a Robin com outra pessoa sem ser o Ted. Como sei que isso não vai acontecer, acho que o Barney é a escolha certa. Na primeira vez, acho que, de propósito, os roteiristas tornaram o casal meio chato. Prova disso é o final dado, com eles gordos e mal cuidados. Se acontecer de novo, será diferente, mais maduro e não menos que legendary. Afinal, a reta final se aproxima.

    E o que mais me assusta numa possível mudança na dinâmica é que o grupo pode se dividir. Ainda assim, se isso acontecer, só vai provar o diferencial do roteiro. E quando um roteiro dá um tapa e foge ao óbvio, ele me conquista ainda mais.

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  3. é, de fato, uma série incrível! As piadas e besteiras são a ponta do iceberg... ;) Mandou bem no texto bro!!

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