quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Rafinha 2.0: mídia, educação e as gerações.


O texto abaixo foi a minha contribuição para um fórum, da disciplina Computadores na Educação, que tinha a discussão baseada no vídeo acima e na geração Y (ou C).


Então, o Rafinha tem 16 anos, o vídeo é de 2007, hoje teria 20. Tenho 22, recém completados, e me sinto dessa geração. Estou o tempo todo conectado, pelo celular ou pelo computador. O tempo todo! Tenho Facebook, Twitter, msn, bbm, whatsapp e, se por um acaso, não conseguem me encontrar, a bateria de algum aparelho acabou.

Acredito que o caminho natural é esse. Só que a minha realidade ainda é nova. É nova para meus pais, tios e a maioria dos professores que tive e tenho contato. Aí que entra um problema que me incomoda muito.

Aceita-se que as coisas não vão voltar a ser como antes. Não se manda mais cartas, não se compra mais cds, livros ainda são utilizados, mas não se sabe até quando. Eu ainda acho que sempre existirão! Assim como rádios e canais de tv não serão substituídos. O caminho natural é a convergência! E é na tentativa de incorporar, de atrair a geração atual que o pecado daqueles que não cresceram como nós fica evidente. Não adianta trazer um tablet para sala de aula sem saber como tratar, de forma que os alunos entendam e não achem aquele tablet ali apenas uma "forçação de barra".

Quando comentado aí no fórum sobre o risco que é a tamanha oferta que a internet tem, concordo. Encontra-se de tudo! Só que o mesmo acontecia antes. Numa mesma escola, tinham aqueles com assuntos inteligentes, de conteúdo e com um português bem construído, por exemplo, como tinham os fúteis e que pouco acrescentavam com suas conversas. Agora acontece o mesmo. Só que é mais evidente, afinal, o mundo todo está conectado, não mais uma única classe de aula isolada.

Sou um pouco pessimista, negativo, em relação a forma que as gerações diferentes podem lidar. Um neto tem uma boa relação com seus avós independente dos meios que utilizam. Um professor que não sabe (muitas vezes, não gosta) pode prejudicar muito mais seu trabalho quando tenta (por boa vontade ou por ordem) implantar elementos que não lhe pareçam naturais. Talvez, no futuro, as gerações sejam mais próximas. Tenho como exemplo uma professora, na faixa dos 20 anos, que demonstrou uma carreira em ascensão, com conteúdo de qualidade e linguagem (em um sentido amplo) que não fugia daquela exigida para uma professora, mas que conquistou a geração do VC e demonstrou êxitos que nem o mais tradicional nem o mais moderninho conseguiram.


Leia também: Eu tenho medo. Sério!
O último texto publicado foi: Vamos tomar uma cerveja ou uma Coca?

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