quinta-feira, 5 de maio de 2011

Meus Machismos #2: Mulheres que amam demais

O nome poderia ser trocado por Mulheres sem Personalidade, Mulheres Carentes ou Mulheres Recém-Desvirginadas, resolvi ser fofo e creditar esse machismo ao amor exacerbado das nossas Evas. Vamos aos trabalhos...


MULHERES QUE AMAM DEMAIS

Além de machista, posso receber com essa postagem o título de mal amado. Já respondo de antemão que não é porque não transo há 9 meses, 2 semanas, 5 dias e 19 horas que sou mal amado*. E meus quase 300 amigos no Facebook? E os meus 170 e poucos seguidores não contam?! Fakes e família também amam.

O que me irrita, e nem sei se posso colocar como machismo, mas como preciso alimentar essa série, é o típico caso da mulher que começa a namorar (em alguns casos, antes mesmo dele saber) e assume para si todas as características do cara. Acredito sim que possamos começar a gostar de coisas novas, acrescentar rotinas e adquirir outros hábitos. Vou tentar exemplificar o que quero dizer. Pontuemos:


Futebol: 
A pessoa nunca gostou de futebol. Ela, então, começa a namorar um cara que, obviamente, é fanático por um time. Não sei se funciona como uma tática de marcação, aonde ela vai ter assunto e poderá acompanhar o seu parceiro aos eventos de quarta e domingo. O fato é: a menina começa a ler diariamente o Globoesporte.com e escolhe um time para adorar. Se não o do namorado, um rival de peso. Ela começa a postar no Twitter, no Facebook e principalmente no Orkut (já que esse tipo ama o Orkut) comentários sobre cada partida, contratação e campeonatos. Começa a zuar os amigos que torcem para outro time, constrói uma relação duradoura com aqueles da mesma torcida... E se o namoro acaba? O amor com o time vai junto, junto com todas as comunidades e fotos em almoço de família e no parque da cidade. É como se aquilo nunca tivesse existido, tipo, a Libertadores para o Corinthians.

Música: 
Assim como no futebol, existem casos de mulheres que trocam seus gostos musicais. Antes, ela passava o sábado recortando o abadá e beijando 15 na micarê de domingo. Aí entrou na faculdade e conheceu um cara que é fã de Legião. Daqueles que até tocam violão! Ela, por uma falha interpretação de texto, sente-se a Mônica do seu Eduardo. E ainda recrimina as amigas, relembrando o @tiposdebicat: "Ai Thiffany, show de axé?! Isso é coisa de piriguete. Coisa de adolescente. Eu cresci, amiga! Passei dessa fase. Agora vou ao show dos Móveis Coloniais de Aracaju com o Dudu. Por que você não vai com a gente?".


Roupas
Assim como o gosto musical, o estilo de se vestir pode mudar quando essas Mulheres que Amam Demais se apaixonam. Claro que um relacionamento exige mudança de postura de todos os envolvidos. Só que assim como a Thiffany começa a recriminar os shows que ela mesma ia até mês passado, a Thayanny também compra briga com as amigas e muda todo o seu vestuário. Agora vamos potencializar a situação... A menina começa a namorar um skatista, por exemplo. Pode ter certeza que cabelos serão coloridos, calças transformadas em bermudas, sapatos trocados por tênis e maquiagens coloridas dispensadas.

Amizades: 
Tem prazo de vencimento! Em uma incessante marcação ao futuro marido (termo esse em sua mente insana), a jovem apaixonada larga tudo para trás. Ela pode até ter carinho pelas amigas, só que "as coisas mudam". As Mulheres que Amam Demais não terão um namoro perfeito. Muitas brigas e "separações definitivas" ocorrerão. Nessas fendas, as amizades são retomadas. As amigas abandonadas até se iludirão nas primeiras vezes, mas com o tempo perceberá, que quando o namoro volta, a amizade se vai. Mulheres que Amam Demais não têm tempo para perder com outras mulheres, fora que essas amigas podem ficar próximas de seu pedaço de carne.

Não sei se falo em nome de todos os homens, certamente não. Só que é aquele caso, falo em nome daqueles que fazem o tipo daquelas que não estão descritas neste texto: as que me interessam, suas lindas. Em comum, o que falta ao perfil descrito é personalidade. Sou a favor de construir uma relação que acrescente características a todos os envolvidos. Mulheres sem personalidades podem até ter seu público-alvo garantido, mas pensem bem: vale a pena?

* Este é um texto com exemplos fictícios. Minha vida sexual (se é que ela existe) não está expressa com veracidade neste conteúdo.

Se gostou desse tema, leia: Meus Machismos #1 - Mulher Burra.
O último texto publicado foi: Dois churros e o sexo sem compromisso.
E me siga no Twitter: @lucasmansur.
Meus20poucos.

6 comentários:

  1. Tava procurando um blog de textos. http://seufelipe.interbarney.com/ esse é legal.

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  3. A dependencia emocial é uma doença. O abondano emocial doi! Eu sou assim e acredita que quem mais sofre sou eu, sou humilhada, cornuda, levo pancada e feita otária estou lá para ele. Ridiculo? sim... A questão é que provavelmente com outro homem seria da mesma forma, porque devido á minha necessidade de controlar tudo, saber que não vou ser abandonada acabo lixando tudo. Sou gira (tb não é tipo top model :P), formada e com amigas mas, simplesmente sinto a necessidade imensa de tentar "salvar" o meu namorado, fazer com que ele não sofra mais...Provavelmente queria era que alguem me fizesse isso. O que doi mais? é que sou uma pessoa extremamente consciente. E sim, neste caso, podes chamar-me de BURRA!

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  5. Depois do comentario do "Anônimo" confesso que resolvi ler seu texto e queria fazer uma critica: eu concordo parcialmente, alias só discordo da forma que vc chama as mulheres doentemente possessiva de "As Mulheres que Amam Demais". O motivo é simples o que falta no mundo é pessoas que amam a outras e ela mesmo. Eu acredito que amor não pode ser calculado entao eu torço que essas pessoas que amam demais continuam amando mais, mas que diferente de uma mulher possessiva que ela pratica o desapego. Gostei do seu texto e vou passar a te seguir :)

    p.s.: fique a vontade de ler minhas poesias e comentar também =P

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  6. texto muito bem feito, adorei Lucas! :D
    é complicado falar sobre o assunto sem ser repetitiva, uma coisa eu posso dizer: é preciso mais amor pra depois conseguir amar de forma tranquila. aquele clichê: é preciso se AMAR primeiro! (y)

    NÃO VALE A PENA!

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